Operação visa cumprir mandado de busca e apreensão em São Luís e Barreirinhas e cidades do interior.
Entre os endereços de busca e apreensão alvos da Polícia Federal
nesta manhã, autorizado pela 1ª Vara Federal de São Luís no bojo da Operação
Odoacro, está uma casa no município de Barreirinhas do empresário Eduardo José
Barros Costa, o Eduardo DP, conhecido também como “Imperador”, dono da
empreiteira Construservice.
A casa do “Imperador” está localizada no
Condomínio Lagoa Azul, no bairro da Mangaba, onde ficam as luxuosas mansões de
políticos maranhenses e empresários vendedores de notas fiscais frias a órgãos
públicos. O condomínio pertence ao suplente de deputado estadual Marcos Caldas,
apelidado de “Play” – presidente estadual do partido PROS.
No local, a mansão mais estonteante é a do
senador Weverton Rocha, do PDT. Situada às margens do Rio Preguiças – aliás,
com clara invasão às aguas o que configura um escandaloso crime ao meio
ambiente – o mega empreendimento, por baixo, está avaliado em mais de R$ 5
milhões.
Ação foi
desencadeada em São Luís, Codó, Dom Pedro, Santo Antônio dos Lopes e
Barreirinhas, e mira desvios na Codevasf.
Ao cumprir mandados de busca e apreensão no
bojo da Operação Odacro, desencadeada nesta quarta-feira, 20, em São
Luís e mais quatro municípios do Maranhão, a Polícia Federal apreendeu
aproximadamente R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo.
Os valores estavam em uma mala e em um cofre
de um dos alvos da ação policial. Quantidades consideráveis de jóias, relógios
e veículos também foram levados pelos federais.
Um dos alvos da operação é o empreiteiro
Eduardo José Barros Costa, o Eduardo DP, ou Imperador – motivo pelo qual a PF
batizou a ação com o sobrenome do soldado italiano que capitaneou uma revolta
que colocou fim ao Império Romano.
DP, segundo as investigações, figura como
sócio oculto de empresas investigadas num esquema de fraudes licitatórias
perpetrado na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf).
“O líder desse grupo criminoso, além de
colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, ainda possui contas
bancárias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para
perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle”, diz a PF, em
nota.
A direção Codevasf no Maranhão informou que se
manifestará em nota sobre o caso. A defesa de Eduardo Costa ainda não foi
localizada.
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